O cardeal protodiácono Renato Raffaele Martino — presidente emérito dos Pontifícios conselhos para a Pastoral dos migrantes e itinerantes e «Justiça e paz» — faleceu na manhã de 28 de outubro, na sua casa romana. Daqui a poucos dias completaria 92 anos. Nasceu a 23 de novembro de 1932, em Salerno (Itália). Ordenado sacerdote a 20 de junho de 1957, entrou no serviço diplomático da Santa Sé no dia 1 de julho de 1962 e trabalhou na secretaria de Estado e nas nunciaturas apostólicas da Nicarágua, Filipinas, Líbano, Canadá e Brasil. Eleito arcebispo titular de Segermes em 14 de setembro de 1980, foi nomeado pro-núncio apostólico na Tailândia e delegado apostólico em Singapura, Malásia e Laos, recebendo a ordenação episcopal no dia 14 de dezembro seguinte. Em 1983, foi nomeado também delegado apostólico no Brunei e, em 1986, observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, em Nova Iorque. No dia 1 de outubro de 2002 foi nomeado presidente do Pontifício conselho «Justiça e paz». No Consistório de 21 de outubro de 2003 João Paulo ii criou-o e publicou-o cardeal diácono de São Francisco de Paula «ai Monti». A 11 de março de 2006 foi nomeado presidente do Pontifício conselho para a Pastoral dos migrantes e itinerantes, renunciando ao cargo a 28 de fevereiro de 2009. Em 24 de outubro daquele mesmo ano, renunciou também ao cargo de presidente do Pontifício conselho «Justiça e paz». Desde 12 de junho de 2014 era cardeal protodiácono.
Ao receber a notícia da morte do cardeal, o Papa Francisco enviou ao irmão do purpurado um telegrama de condolências, destacando «a sua longa e diligente colaboração com os meus predecessores como Núncio Apostólico em vários países asiáticos e sobretudo na Organização das Nações Unidas, onde não poupou esforços para dar testemunho da paternal solicitude do Papa pelo destino da humanidade, e finalmente como Presidente do Pontifício Conselho “Justiça e Paz”. Nas várias funções que lhe foram confiadas, trabalhou com grande dinamismo pelo bem das populações, promovendo constantemente o diálogo e a concórdia».