O Papa Francisco anunciou que no próximo dia 3 de fevereiro terá lugar, no Vaticano, o Encontro mundial dos direitos das crianças, intitulado «Amemo-las e protejamo-las». Além disso, em 2025, serão canonizados Carlo Acutis e Pier Giorgio Frassati, duas figuras de referência para as jovens gerações. Ao saudar os vários grupos de peregrinos presentes, incluindo os de língua portuguesa, o Pontífice voltou a invocar a paz para a Ucrânia, martirizada por mil dias de guerra, lendo uma carta escrita por um estudante universitário do país. Por fim, recordou o Dia pro Orantibus, celebrado a 21 de novembro, e a solenidade de Cristo Rei do universo, que será celebrada no domingo, 24. A audiência terminou com o canto do Pai-Nosso em latim e a bênção apostólica.
Por ocasião do Dia Internacional dos direitos da infância e da adolescência, que se celebra hoje, gostaria de anunciar que o Encontro Mundial sobre os direitos das crianças, intitulado «Amemo-las e protejamo-las», terá lugar aqui no Vaticano a 3 de fevereiro, e contará com a participação de peritos e personalidades de vários países. Será a ocasião para identificar novas formas de socorrer e proteger milhões de crianças ainda sem direitos, que vivem em condições precárias, são exploradas e abusadas, e sofrem as consequências dramáticas das guerras.
Há um grupo de crianças que se prepara para este Dia, obrigado a todos vós que o fazeis. E aqui está uma menina corajosa que se aproxima... agora vêm todas! As crianças são assim, uma começa e depois vêm todas! Saudemos as crianças! Obrigado! Bom dia!
Quero dizer que no próximo ano, no Dia dos adolescentes, canonizarei o Beato Carlo Acutis, e na Jornada da Juventude, no próximo ano, canonizarei o Beato Pier Giorgio Frassati.
Ontem completaram-se mil dias desde a invasão da Ucrânia. Uma data trágica para as vítimas e para a destruição que causou, mas ao mesmo tempo uma tragédia vergonhosa para toda a humanidade! No entanto, isto não nos deve impedir de estar ao lado do martirizado povo ucraniano, nem de implorar a paz e de trabalhar para que as armas deem lugar ao diálogo e o conflito ao encontro.
Anteontem recebi uma carta de um jovem universitário da Ucrânia, que dizia: «Padre, quando na quarta-feira recordares o meu país e tiveres a oportunidade de falar ao mundo inteiro no milésimo dia desta terrível guerra, peço-te que não fales apenas dos nossos sofrimentos, mas que sejas também testemunha da nossa fé: embora seja imperfeita, o seu valor não diminui, pinta com pinceladas dolorosas o quadro de Cristo Ressuscitado. Nestes dias há demasiadas mortes na minha vida. É difícil viver numa cidade onde um míssil mata e fere dezenas de civis, ser testemunha de tantas lágrimas. Gostaria de fugir, gostaria de voltar a ser uma criança abraçada pela mãe, honestamente gostaria de estar em silêncio e no amor, mas dou graças a Deus porque, através desta dor, aprendo a amar mais. A dor não é só um caminho para a raiva e o desespero; se for baseada na fé, é uma boa mestra de amor. Padre, se a dor fere, significa que amas; por isso, quando falares da nossa dor, quando recordares os mil dias de sofrimento, lembra também os mil dias de amor, pois só o amor, a fé e a esperança dão verdadeiro sentido às feridas!». Assim escreveu este jovem universitário ucraniano.
Cordiais boas-vindas aos fiéis de língua portuguesa, de modo especial aos grupos de Fortaleza e de Garanhuns, no Brasil. Disponhamo-nos a colocar os carismas, que cada um de nós recebeu do Espírito, ao serviço de toda a comunidade. Assim viveremos a unidade na caridade. Deus vos abençoe!